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Vai construir? Descubra qual sistema construtivo utilizar!

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qual sistema construtivo

Qual sistema construtivo você vai utilizar em sua obra? Concreto armado convencional, com pilares e vigas? Alvenaria estrutural com blocos de concreto ou cerâmicos? Paredes de concreto moldadas in loco? Paredes pré-moldadas, no canteiro ou em fábrica?

Para descobrir qual destas alternativas é a melhor, apenas duas perguntas bastam! Veja quais são:

  1. De onde virão os insumos da obra?

Este é o primeiro grande ponto a analisar e começar a diminuir as opções: a existência dos insumos, materiais e mão de obra. Esses insumos podem existir na região ou serem criados no próprio canteiro. Vamos analisar, partindo dos de maior industrialização:

Paredes pré-moldadas

Para utilizar paredes pré-moldadas necessitamos de uma fábrica próxima ou fazer tudo no canteiro, se houver espaço. Uma fábrica de pré-moldados não é uma coisa tão simples assim, necessitando muitas formas, mesas vibratórias, equipamentos de elevação e uma boa expertise dos funcionários. A opção de fazer tudo no canteiro é normalmente assessorada por um fabricante tradicional. Depois, temos que ter os equipamentos necessários para transporte e colocação das peças na obra. Percebe-se que é um sistema construtivo bastante industrializado que precisa ser muito bem planejado para alcançar os devidos resultados.

Paredes moldadas in loco

Os pontos fundamentais para a utilização do sistema de paredes moldadas in loco são a fôrma metálica e a mão de obra treinada para montagem e desmontagem das mesmas. Temos hoje no mercado a opção de compra ou aluguel das formas, que dependerá da quantidade de unidades a serem construídas. A mão de obra é facilmente treinada, sendo que algumas construtoras até preferem pessoas que nunca trabalharam com construção civil.

As empresas de fôrmas têm um treinamento básico, além de acompanhar a primeira montagem e desmontagem da forma do usuário.

Alvenaria estrutural

A execução de uma obra em alvenaria estrutural dependerá da existência das fábricas de blocos, de concreto ou cerâmicos na região. Para os blocos de concreto, temos a opção de fazer uma fábrica no canteiro, com a instalação de uma máquina simples, espaço para a cura e fazendo um bom controle de qualidade. Essa opção se adequa bem a grandes empreendimentos, com várias torres e um bom espaço no canteiro. Outro ponto importante é a existência de mão de obra apropriada. Uma boa equipe de bloqueiros não se faz de uma hora para outra, precisa de todo um treinamento inicial e experiência de obra.

Concreto armado convencional

O sistema de concreto armado convencional é o que apresenta maior facilidade para se adequar a todos os locais justamente por ser o de menor industrialização. Mesmo assim, uma boa estrutura dependerá de uma fôrma feita em fábrica e uma boa concreteira no local. A mão de obra está muito acostumada a executar obras com este sistema. Um ponto a observar é quanto ao fechamento das paredes e seu revestimento, que é mais crítico neste sistema, pois temos várias interfaces entre os subsistemas citados.

 

2. “Qual o prazo” e “o quê” precisa ser entregue?

O segundo ponto a ser estudado é a quantidade de unidades a ser construída e o prazo total da obra. Cada sistema tem a sua velocidade e necessitamos executar um planejamento de quantas frentes de trabalho seriam necessárias para acabar a obra dentro do prazo. Um sistema mais rápido pode necessitar de apenas uma frente, enquanto em outro, precisaríamos de duas ou três frentes, multiplicando a necessidade de recursos, principalmente das equipes de trabalho. Neste ponto um dos sistemas mais rápidos é o de paredes moldadas in loco. As paredes pré-moldadas também são muito rápidas, mas precisamos do tempo para montar ou para fabricar as nossas peças.

Uma vez definido o sistema construtivo, e somente neste ponto, deve-se ter uma arquitetura adaptada às necessidades do mesmo. O sistema de concreto armado é mais versátil e livre, mas pode ter uma série de ressaltos nas paredes em virtude da diferença da espessura dos pilares e da alvenaria de fechamento. A alvenaria estrutural precisará de uma arquitetura modulada dentro dos padrões da família de blocos que estivermos utilizando. Os sistemas de peças maiores, como paredes, terão uma produtividade melhor se tivermos paredes maiores e mais alinhadas.

Também precisam ser estudadas as instalações elétricas que vão dentro das paredes. Cada sistema tem o seu modo próprio de projeto e execução. No sistema de alvenaria estrutural teremos as caixas de passagem chumbadas nos blocos e os conduítes passando pelos furos dos blocos. Para os sistemas de paredes existem produtos próprios de caixinhas, conduítes e espaçadores que aumentam a produtividade do sistema. O sistema de concreto convencional é o que está menos industrializado e precisa de um bom planejamento desde a etapa de projetos para aumentar a eficiência.

Em pesquisa com construtoras de todo o país, os empreendedores apontaram com principais motivos para a adoção de um sistema:

  • custo;
  • produtividade;
  • redução de mão de obra;
  • tradição de uso da empresa.
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Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP em 1977 Pós graduação em Engenharia de Estruturas pela Poli-USP Ex-professor da Poli-USP em resistência dos materiais e concreto armado Ministrou matéria de Alvenaria Estrutural da UNICAMP em convênio com a ABCP Diretor da Wendler Projetos e Sistemas Estruturais, em Campinas Coordenador da Norma Brasileira de Paredes de Concreto-NBR16055 Integrante da comissão de revisão da Norma de Alvenaria NBR15961 Coordenador de Alvenaria Estrutural nas comunidades da construção de Campinas, Belo Horizonte, Brasília , Goiânia, São José dos Campos e Sorocaba Palestrante de alvenaria estrutural e paredes de concreto pela ABCP, Sinduscon’s e várias entidades

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