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Área de saneamento básico apresenta boas oportunidades de novos projetos

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O Brasil vive uma crise econômica causada por decisões inconsequentes no comando da economia no passado recente. E essa crise é ampliada pela atual crise política na qual a classe política perde legitimidade por causa da corrupção endêmica que afeta o setor público brasileiro. Essa situação afeta a tudo e a todos os brasileiros. Mas, no caso dos projetos de saneamento básico, a situação, apesar de dramática, promete um futuro melhor. Existem oportunidades interessantes nessa área, já que demanda por novos projetos não falta. Vejamos alguns dados revelados recentemente pelo jornal Valor Econômico em sua edição de 31 de maio de 2017.

  • 42,67% do esgoto residencial não é tratado.
  • Apenas 10 entre as 100 maiores cidades do Brasil tratam mais de 80% de seus esgotos.
  • Mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao tratamento de esgotos.
  • Mais de 3,5 milhões de brasileiros despejam irregularmente esgoto de forma irregular.
  • 47% das obras de esgoto do Programa de aceleração do crescimento estão em situação inadequada.

O quadro parece desolador, não é? E é mesmo. Mas o horizonte dos negócios em saneamento no Brasil pode passar por uma fase áurea. Existe previsão de que as PPP (Parcerias público privada) serão o elemento chave para o desenvolvimento de projetos na área de saneamento básico. Está previsto o lançamento de um edital de R$ 2 bilhões em novos projetos para o final de junho de 2017. Soma-se a isso a intenção do Governo Federal de lançar uma MP (Medida provisória) que dará às empresas privadas os mesmos direitos das empresas públicas no acesso aos recursos para investimento nessa área, conforme declaração recente do Ministro das Cidades, Bruno Araújo. O fato é que os Estados também estão se movimentando para atrair a iniciativa privada nessa área. Existem iniciativas dos governos do Rio Grande do Sul, no Estado do Mato Grosso, no Estado do Espirito Santo e também no Ceará, que estuda uma usina de dessalinização de água. Alagoas, Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco, Sergipe, Acre, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Rondônia também aderiram ao programa de concessões estaduais, coordenada pelo BNDES. O Rio de Janeiro também está retomando negociações com o BNDES para reativar as PPP na área de saneamento.

O fato é que empresas estrangeiras estão sendo atraídas para o mercado de saneamento básico brasileiro. A Brookfield, por exemplo, adquiriu 70% da Odebrecht Ambiental junto com grupo japonês Sumitomo, num investimento de US$ 908 milhões. Outra empresa nipônica, a Itochu, também investiu na aquisição de 49% na participação da Queiroz Galvão na Águas do Brasil. Completam esse quadro a parceria que outras empresas japonesas têm no Brasil nessa área, nomeadamente, a Mitsui, a Mitsubishi e a Marubeni. Completam essa lista a empresa chinesa CGCG, o grupo indiano Wabag, a espanhola Acciona e o grupo GS Inima e a francesa Suez.

Resumo da história:  as contratações na área de saneamento talvez ainda não estejam a todo vapor. Mas elas vão acontecer. Oportunidade interessantes para fornecedores, construtoras e profissionais de gerenciamento de projetos e de engenharia.

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