Existem sabidamente quatro grandes problemas de saúde que afligem o ser humano: o câncer, as doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias crônicas, a boa noticia é que existem maneiras de reduzir estes riscos no nosso dia a dia como, por exemplo: ser ativo fisicamente, comer alimentos saudáveis, alcançar um peso saudável e reduzir o estresse, pois o ambiente que vivemos pode nos influenciar de forma positiva para melhorarmos a nossa qualidade de vida.
O Planejamento Urbano pode ter um papel decisivo nesta melhoria, projetos urbanísticos modernos podem estimular mudanças de hábitos, projetos que privilegiem áreas verdes, parques e áreas de convívio social podem melhorar os níveis de atividade física individual e ter influencia direta sobre prevenção de doenças.
O princípio do planejamento urbano é fazer as pessoas felizes no lugar onde elas vivem isto é traduzido como espaços bem projetados. A qualidade de vida das pessoas deve ser o centro da política urbana moderna. Diversidade de cenários, de eixos visuais, trajetos, perspectivas, percepções, variedade de significados. Garantir a circulação entre as atividades, diversas possibilidades de caminhos são alguns exemplos. Existe a necessidade de termos uma legislação mais atualizada, menos burocrática, que incentive aos empreendedores no lugar de penaliza-los. A legislação atual é demasiadamente focada em questões de uso da terra, zoneamento etc., quando poderia passar a fazer novos questionamentos como avaliarmos qual o impacto e benefícios sobre a saúde das pessoas que determinada proposta traria ao longo do tempo. O incentivo em dar mais atenção às áreas de convívio seria muito bem vinda para as cidades em geral, trazendo consequentemente para os cidadãos enormes benefícios de saúde.
Em nenhum período da história da humanidade houve mais pessoas vivendo nas cidades do que temos atualmente, este fato deve levar os legisladores e os agentes públicos a rever alguns conceitos que atualmente estão em vigor.