A sigla BIM tem apenas 3 letrinhas. Mas são tantos significados que fica difícil contar. A tradução simples do inglês para Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção) também não dá conta de explicar o conceito, definido pelo National BIM Standard-United States como “uma representação digital das características físicas e funcionais de uma instalação”.
Mesmo de difícil resposta, a pergunta “o que é BIM” já está ultrapassada na visão dos projetistas de instalações. A hora é de perguntar aos incorporadores e construtores: “Para que você quer o BIM?”.
A nosso ver, umas das principais utilizações dessa tecnologia é para a compatibilização entre projetos de diferentes disciplinas. Há diversos softwares específicos para isso, que podem até ser usados pelos próprios projetistas, mas valem ouro mesmo na mão do “coordenador BIM”, figura indispensável nos projetos atuais.
É este coordenador quem vai decidir, junto ao cliente e à equipe, como este valioso recurso será empregado naquele projeto. Essa definição inclui os softwares que serão utilizados, o ambiente em que será feita a compatibilização, a versão escolhida para os softwares, o nível de detalhamento dos desenhos, o tipo de material a ser entregue, e por aí vai. São muitas as possibilidades e não há escolha certa ou errada, mas sim a que melhor atende às necessidades do cliente.
A nova diretoria da Abrasip tem entre os seus objetivos para esta gestão criar um escopo BIM para projetos de instalações prediais. A ideia é que esse escopo seja uma espécie de “cardápio” a ser apresentado ao cliente antes do início do projeto, com diferentes opções de uso do Building Information Modeling. Cada opção tem um resultado, um prazo e um custo diferente.
Quem sabe assim fique mais fácil de o cliente nos responder àquela pergunta inicial e fundamental: “Para que você quer o BIM?”.