Nos anos 1940, São Paulo ganhou o seu primeiro grande edifício de quitinetes, o Mara, projetado por Eduardo Kneese de Mello. Em uma época em que imigrantes e estudantes chegavam aos montes na capital, os apartamentos pequenos e funcionais responderam a uma necessidade de mercado.
Nos anos 1950, houve uma grande proliferação de projetos de microapartamentos. No entanto, falhas como falta de insolação e ventilação adequadas, paredes muito finas e corredores de acesso às unidades muito estreitos fizeram com que alguns edifícios acabassem se tornando os famigerados “treme-treme”, em total estado de abandono.
Entre os bons exemplos de projetos de quitinetes, estavam os realizados pelo alemão Franz Heep, com plantas tão bem pensadas que ampliavam a sensação de espaço, como conta o jornalista Raul Juste Lores no maravilhoso livro “São Paulo nas Alturas”.
O que mudou de 1950 para hoje? Com o advento da Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575:2013), a preocupação com o bem-estar dos moradores deixou de ser um diferencial e passou a ser obrigatória.
Itens como ventilação, conforto térmico, acústica e, principalmente, atenção ao atendimento das normas do setor da construção civil se tornaram parte do dia a dia dos projetistas país afora.
Nada mais justo, então, que a Norma de Desempenho passasse a ser considerada pelos Manuais de Escopo de Projetos e Serviços para a Indústria Imobiliária. As novas publicações trazem em sua terceira edição um capítulo dedicado aos Escopos para Atendimento à Norma de Desempenho, além do Guia para Utilização dos Escopos de Projeto de Edificações Habitacionais para Atendimento à ABNT NBR 15.575: 2013 e de Modelos de Memoriais Descritivos.
Após seu lançamento, que ocorrerá em 24/4/19, em evento no Secovi-SP, as publicações estarão disponíveis no site www.manuaisdeescopo.com.br.