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Investimentos em Construtechs

Faça uma análise de sua iniciativa com os óculos dos especialistas e veja quão aderentes estão as suas condições para passar – e encher o chapéu

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Recentemente, tive a oportunidade de presenciar uma mesa redonda de alto nível com executivos de fundos que investem em Construtechs. Decidi fazer aqui um resumo das discussões e dos pontos mais importantes:

Experiência: Algumas pessoas comentaram sobre o princípio das 10.000h (original do livro “Outliers”, de Malcolm Gladwell) que preconiza que uma pessoa precisa ter 10.000h de experiência sobre um assunto (cerca de quatro anos) para ser “bom”. Isso não pareceu unânime entre todos como tese, embora seja desejável.

Um contraponto está aqui.

E um ponto a favor, olhando a vertical do esporte como base está aqui.

Founders data-driven: Esse ponto foi unânime entre os anjos. Se os dados são o novo petróleo, os Founders devem ser orientados por, e, a eles, fazendo com que a consistência das decisões a atividades tenham forte embasamento fático. Mais informações e menos “achismos”.

CEO dedicado e responsável pelas captações: A boa frase do “skin in the game” de Nassim Taleb, ou a velha analogia do bacon/ovos é tese de todas as captações dos investimentos de sucesso.  A dedicação integral do CEO para o projeto é indispensável.

Cap table definido: A boa sociedade é composta por sócios/profissionais com entregas e dedicações muito claras. O espaço das indefinições só dificulta rodadas seguidas de investimentos.

Problema real – “must have” x “nice to have”?: Essa tese é bastante relevante nas decisões de investimentos. A solução proposta pela startup resolve uma dor ou problema real ou é uma coisa somente “bacana” de se ter? O problema é recorrente e relevante?

Planejamento de rounds: Todos os analistas são muito claros aqui: É necessário saber onde estarão os postos de gasolina na longa estrada (a jornada) antes de começar a viagem. Ter esse planejamento bem feito, constitui um asset importante para quem investe, dando segurança e consistência na visão da startup.

“Não é necessário dominar o mundo para ser grande”: Muitas vezes o mercado local é grande e robusto o suficiente para ser bom, e fazer uma startup dar resultado. No entanto, pensar na internacionalização é sinal de ambição e abre pistas mais largas para o investidor ver receitas.

Sobre o tamanho do negócio: Aqui há claro consenso e absoluta objetividade – ser grande para os fundos e anjos, significa ter vendas de US$ 100m / por ano, após 7 a 10 anos passados da fundação da startup. O resto é conversa.

Sobre os indicadores: Os indicadores clássicos são default – CAC (Custo de Aquisição de Cliente) e o LTV (Lifetime Value). Há um olhar especial e mais importância no NPS (Net Promotion Score) e na taxa de churn.

Para os marketplaces: Uma boa plataforma de TI é basal. Segundo os investidores, o fator crítico aqui está no chamado balanceamento de oferta e da demanda. De um lado, para quem compra, não achar produtos ou serviços em boa variedade e quantidade é muito ruim. Para quem vende, uma loja grande, mas sem clientes também é péssimo.

Olhar o passado: Naturalmente, o apelo de venda ou investimento está no potencial de crescimento da iniciativa. Prever o futuro é um bom exercício mas usualmente temperado de adivinhação e crenças. Um BP (Business Plan) em Excel aceita tudo. Há consenso em todos de uma necessidade de se olhar também, o passado dos empreendedores. É o chamado track record. Ou seja, a história conta.

Faça uma análise de sua iniciativa com esses óculos e veja quão aderentes estão as suas condições para passar – e encher o chapéu.

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