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Engenheiro Civil. Ser ou não ser?

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Engenheiro Civil: ser ou não ser?

Há anos, em um evento do colégio chamado “Dia da Profissão” meu filho se “fantasiou” de Engenheiro, justamente a minha profissão. Achei o máximo e fiquei orgulhoso vendo um jovenzinho de 8 anos vestido de calça jeans, camisa polo, bota e capacete. 

Como parte da preparação para este evento, ele me fez a seguinte pergunta: “Papai, o que faz um Engenheiro”?

Tentei ser lúdico em minha resposta brincando com ele de Lego e mostrando prédios e casas em construção, “puxando a sardinha para a minha brasa”, já que sou Engenheiro Civil.

 

Talvez a Engenharia seja tão antiga quanto a mais antiga das profissões… A verdade é que, embora muitos possam discordar (inclusive nossos colegas arquitetos), engenharia, criatividade e as experimentações sempre caminharam juntas chegando às grandes invenções da humanidade com muito esforço, energia e tempo dispendidos.

Na história, há registros de engenheiros muito bem-sucedidos, como Santos Dumont, e outros nem tanto, como Ícaro

De acordo com o site Wikipédia, a palavra “engenho” (do latim ingenium), significa “gênio” ou invenção inteligente. “Engenharia existe desde o momento em que o ser humano desenvolveu invenções como a roda, a alavanca e a catapulta. O Farol de Alexandria, as Pirâmides do Egito, os Jardins Suspensos da Babilônia, a Acrópole de Atenas, o Pártenon, os aquedutos romanos, o Coliseu de Roma, Teotihuacan, bem como as cidades e as pirâmides dos antigos Maias, Incas e Astecas e ainda, a Grande Muralha da China, são um testemunho da habilidade dos antigos engenheiros e da qualidade de Engenharia que empregaram nestas obras”.

Ainda segundo a Wikipédia, “Engenharia é a aplicação do conhecimento científico, econômico, social e prático, com o intuito de inventar, desenhar, construir, manter e melhorar estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas, materiais e processos. É também profissão em que se adquire e se aplicam os conhecimentos matemáticos e técnicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades que realizem uma função ou objetivo”.

Talvez uma definição mais apropriada seja: Engenharia é uma área de grande abrangência, responsável por projetar, desenvolver e manter em funcionamento toda a infraestrutura, edificações, máquinas, meios de transporte, computadores, celulares e uma infinidade de equipamentos que usamos para nos dar conforto, segurança, mobilidade e produtividade.

Hoje existem quase 40 especialidades de Engenharia. Destaco algumas: 

  • Industrial,
  • Produção,
  • Elétrica,
  • Mecânica,
  • Naval,
  • Química,
  • Agrícola
  • Ambiental,
  • Aeronáutica,
  • Espacial,
  • Minas,
  • Petróleo,
  • Computação,
  • Telecomunicações
  • Mecatrônica
  • Alimentos e
  • Transportes.

O conceito atual de Engenheiro é relativamente recente, fundamentado durante a segunda metade do Século XVIII. A École Nationale des Ponts et Chaussés, fundada em Paris em 1747, por iniciativa de Daniel Trudaine, parece ter sido o primeiro estabelecimento de ensino onde se ministrou um curso regular de Engenharia e diplomou profissionais com esse título. Da mesma época é a École Nationale Supérieure des Mines, também de Paris, formava engenheiros de Minas.

Como nossa proposta para o tema em questão é mais específica, a designação “Engenharia Civil” foi inicialmente utilizada por oposição à “Engenharia Militar“. Com o passar do tempo, este termo passou a ser utilizado referindo-se apenas ao setor da construção.

O engenheiro que descobriu o cimento Portland

Segundo pesquisas, o nome Engenheiro Civil foi usado pela primeira vez pelo Engenheiro inglês John Smeaton, um dos descobridores do cimento Portland, no final do Século XVIII. Em 1818 fundou-se em Londres o Instituto de Engenheiros Civis, com a principal finalidade de defender e prestigiar o significado da profissão, ainda desprezada e mal compreendida naquela época, mesmo nos centros mais avançados do mundo.

Vale destacar que, num primeiro momento, a Engenharia Civil explorou apenas materiais naturais, como a madeira. Grandes avanços aconteceram posteriormente, para que as estruturas adquirissem características cada vez mais complexas, como reflexo do desenvolvimento do conhecimento científico, do domínio das propriedades de resistência dos materiais e ainda, da industrialização, chegando a novos materiais como o aço, o cimento e, a partir de ambos, ao concreto armado e protendido, que possibilitaram o projeto e construção das grandes estruturas, bem como vencer grandes vãos e construir edifícios cada vez mais altos.

A  Engenharia Civil é área da Engenharia que engloba a concepção, desenvolvimento de soluções, projeto, construção e manutenção de todos os tipos de infraestrutura necessários ao bem-estar e ao desenvolvimento da sociedade, além da preservação do meio ambiente.

A Engenharia Civil trata da criação de edificações, estradas, pontes, túneis, portos, aeroportos, ferrovias, usinas geradoras de energia, indústrias e inúmeros outros tipos de estrutura.

A formação do Engenheiro Civil está diretamente ligada às ciências exatas. Mas um bom profissional deve possuir muitos outros atributos, principalmente habilidades em comunicação, capacidade analítica e o famoso “bom senso”, além de seguir um código de ética, já que suas obras influenciam significativamente todos os segmentos da sociedade.

Não acredito que o meu filho, hoje com 16 anos, opte pela Engenharia Civil, como profissão. Mas sei que pela compreensão das responsabilidades e das atribuições de um Engenheiro hoje ele compreende a nossa missão no estudo e implementação das mudanças no ambiente para garantir qualidade de vida, segurança e mobilidade à humanidade, e também enxerga o nosso papel, em conjunto com os nossos colegas arquitetos, na pintura deste belo quadro que é o cenário do mundo moderno e sempre prontos para superar novos desafios!

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