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Ainda por um bom tempo, o Tijolo!

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Ahhh o tijolo… essa peça cheia de nomes e apelidos tais como Baiano, Catarina, Comum, 9 furos, 6 furos, Estrutural entre tantos outros. Este produto é talvez o elemento de construção mais utilizado e conhecido pelo público em geral, mas também é um dos produtos mais mal-entendidos entre todos os produtos da construção civil.

Na verdade, o termo tijolo é o nome popular dado a peça chamada bloco. No Brasil encontramos fábricas das mais simples e artesanais até as mais modernas com plantas 100% automatizadas, altamente robotizadas e produção extremamente controlada que fornecem produtos de altíssima qualidade para sistemas construtivos industrializados.

O tijolo ou bloco é uma peça em forma de paralelepípedo retangular que pode ser feito de diversos materiais como argila, concreto, concreto celular, pedras, vidro entre muitos outros. Os mais comuns são feitos de argila, cozidos a temperaturas altíssimas em fornos especiais, e os feitos em concreto, curados ao tempo ou em estufas próprias.

O conhecimento do grande público em geral sobre este produto é milenar e vasto, mas ao mesmo tempo limitado devido a evolução que o tijolo vem sofrendo ao longo dos anos. Esta evolução é difícil de ser notada e acompanhada para aqueles que não fazem parte do setor da construção. Infelizmente esse desconhecimento do produto gera um “pré-conceito” negativo e muito nocivo à construção brasileira como um todo.

Devido aos tijolos/blocos serem parte integrante de um sistema construtivo específico como alvenaria de fechamento/vedação, alvenaria de vedação racionalizada, alvenaria estrutural, pavimentação ou mesmo revestimento, a confusão do uso correto do produto é comum até entre os profissionais mais experimentados, que nunca se atentaram às características e possibilidades de cada tipo de bloco, funcionando corretamente dentro de um sistema com o resultado esperado de acordo com as necessidades do construtor e de quem irá utilizar a edificação.

A geometria somada às características da matéria prima utilizados, bem como o processo e controle na produção dos blocos dão a estes características únicas no uso dos sistemas construtivos que estes compõem. Por exemplo, o bloco de furo horizontal de 9 furos é um excelente produto para a construção de paredes que não recebem cargas da estrutura da edificação e que não tem um estudo prévio sobre a interferência de sistema como o hidráulico, elétrico ou ar-condicionado da edificação.

Um segundo exemplo são blocos para pavimentação de concreto, mais conhecidos como bloquetes, que tem excelentes resistências para o tráfego de pessoas e veículos com uma característica estética agradável e de fácil manutenção.

Outro bom exemplo são blocos para alvenaria de vedação racional e estrutural, esses blocos são feitos com a furação na vertical, por isso são chamados de blocos verticais, e podem ser encontrados em cerâmica ou concreto. Estes produtos são parte de um sistema projetado para ter o mínimo de desperdício, retrabalho e um ganho de tempo e dinheiro de quem está construindo.

Estes tipos de blocos são os que mais associam características positivas tanto durante a construção como depois da edificação pronta e habitada, mas demandam projetos específicos da parede e sua interação com todas as outras instalações que compõem a parede.

Um ponto importante é que para produzir esse tipo de bloco é necessário um controle fabril muito mais apurado que em outros casos, garantindo resistência, conformidade dimensional e absorção controladas.

Como podemos verificar o tijolo/bloco é um dos materiais da construção mais antigos da humanidade, mesmo assim ele evolui às necessidades construtivas do homem, sendo assim, provavelmente veremos está invenção do ser humano em nossas obras por um bom tempo!
Constantino Bueno Frollini é Arquiteto Urbanista formado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e um apaixonado por técnicas construtivas.

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